quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A verdadeira história de amor de Peter and Jane

Ah vá, só mais um dia de escola normal. Aliás o primeiro dia da volta de julho, todo mundo reunido no ginásio, colocando a conversa em dia. Aquela futilidade velada pela amizade que ocorre todos os anos. Rola sempre aqueles gritos nauseantes: "AMIIIIIIIIIIIIIIIIIIGAAAAAA", é nesse momento que duas tapadas vão ao encontro uma da outra, de forma que você fica ali imaginando, por que essas imbecis não se cumprimentam normalmente, e como protesto daquele acontecimento todo, você só consegue sorrir.Aquilo ocorria ano após ano, e era sempre igual. Até que um dia, paralisei. Não por aquelas idiotices todas. Mas fiquei encantado. Lá no canto sentava uma moçinha loira, estava sozinha, não fisicamente mas em mentalmente. Parecia perdida em seus próprios pensamentos, o que mais tarde eu descobriria que é uma característica dela, perder-se. Pois bem, voltei para sala, pra casa, pra escola, pro inglês, pra casa, escola, inglês, casa, escola, inglês. Até que eu percebi que também a encontrava no inglês, de certa forma fiquei feliz sim, ainda que não tivesse nenhum tipo de contato, nenhum mesmo, nothing. Mas em silêncio ficava observando, e bolando estratégias para que um dia pudesse me aproximar. Mas eu era idiota de mais para pensar em algo inteligente, que mais tarde descobri que era uma qualidade minha. Foi então que surge a brilhante idéia de dizer que estou afim de uma menina da sala dela do inglês, mentira, até ela sabia, mesmo que negue. Mas colou, com essa história eu a conheci, e aos poucos fomos ficando amigos. Um pouco mais que isso talvez, talvez não, na realidade é difícil desvendar essa parte do mistério. A verdade é que eu adorava passar meu tempo com ela, e por sinal ela também se divertia. Foram muitas histórias legais, até finalmente admitir que sentia algo por ela. Pensei, missão cumprida. Levo o toco, e sigo em frente, simples. Mas a negativa não aconteceu. Problemas a frente, evidente. Começou a pressão, sufocou. Demorei um pouco para aprender a lidar com isso, quanto mais preso parecia estar, mais linda ela era, mais preso parecia ficar, uma lógica simples até. Nem se comparava com os problemas quase matemáticos que viveria dali para frente.
O tempo passou, tomei algumas decisões erradas, muitas, inúmeras decisões erradas. E aquele caso de verão nem pra frente foi. Estava em outra. Meu barco estava afundando, e o capitão nem foi avisado. Quando afundou, o capitão viu-se perdido em meio ao oceano, sozinho, não físicamente, mas mentalmente. Voltando a estaca zero? Caros leitores, jamais voltamos a estaca zero, e quando tudo se perde, sobra ainda uma lição para tirar daquilo. Uma lição estúpida, que poderia parecer óbvia aos olhos de qualquer um. Porém a lógica não se intromete nas histórias de amor, elas são mágicas porque são imprevisíveis. Não parece real quando você vê acontecer em um filme, mas é real, acontece todos os dias, o problema é que ninguém nunca percebe. De história de amor o cinema esta cheio, eu quero saber é quando você vai parar de sonhar para viver a sua, faça, não pense de mais, pois segunda chance só existe para quem mereceu a primeira. O tempo pode apagar tudo, mas nem tudo pode apagar tua lembrança, chatice.





Vejam como um escritor rude como eu, pode tornar-se uma criatura fofa beirando o homosexualismo em minutos!

2 comentários:

Phil disse...

nos proximos filmes do homen aranha nao sera mais a krsten dunst como mary jane,vao mudar a atriz. nao tem aver com o texto do post EU SEI,
mas agora referindo ao texto, quem era a menininha da escola e do ingles?

Talitha mendeS disse...

Nossa, tive que comentar. Esse texto ficou muito, MUITO bom!

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