segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Plongee Nacional


Para um país que diz ser uma das democracias mais bem resolvidas do mundo, o Brasil não passa de uma grande ilusão de sistema social que dá certo ou, ao menos, que caminha para isso. Antes de vangloriar-se das incansáveis obras do PAC,ou do,já obsoleto, controle da inflação, dever-se-ia atentar para problemáticas mais protagonistas do cotidiano brasileiro. Contam-se as más línguas, que existe um plano de erradicação da miséria, criado pelo governo Dilma Rousseff, e tratado como prioridade pela tal. Parece que esses planos, não são mais que contra-planos filmados por um governo que ambiciona a criação de mais um blockbuster, que arrecada muito dinheiro e deixa pouca mensagem.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Escritor e Seus Mistérios

Quem nunca se interessou em descobrir o que passa na mente de um escritor? De onde surge a inspiração? Existe algo de diferente na vida dos grandes gênios, ou melhor, algo que os aproxima? Essas dúvidas passeiam na cabeça de todo amante da literatura. Se você já tentou escrever uma ficção, crônica, um poema talvez, sabe que não é nada fácil. Quando se lê um poema de Fernando Pessoa, ou um complexo trecho das obras de José Saramago, todo e qualquer conteúdo produzido por um escritor amador parece lixo, não que o seja, mas comparativamente o é.

Verdade seja dita, as obras refletem o autor de forma singular, não há como negar ou dissimular um personagem, como fez Capitu, ainda dissimulada e dissimulando, simulava, nada mais, que o próprio Machado de Assis. Então proponho-me a perguntar, existem tantos personagens dentro de cada um de nós? Fernando Pessoa ofereceu a resposta com o uso da heteronímica, fazia-se dele muitos, dividia-se, subdividia-se, variava estilo, mudava histórias, sentimentos, obras, entretanto, no final, tratava-se de apenas um artista dividindo sua alma através das horcruxes da literatura.

Filosofando acerca da arte de escrever, procurei, em uma das vantagens do século 21, YouTUBE, algo que apresentasse um pouco da vida dos escritores e felizmente acabei achando esse excelente documentário exibido pela GNT sobre JK Rowling e o último ano escrevendo o último livro da série Harry Potter. Eu aproveitei bastante, e espero poder comprar uma biografia dela em breve. No momento, atenho-me a outros livros, carinhosamente emprestados pela biblioteca do UniCEUB.




segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Uma verdade nem tão absoluta assim sobre a Discovery Channel


Em várias conversas tenho o hábito de usar pequenas mentiras, para vender uma imagem melhor. Não que eu não tenha personalidade própria e não confie em mim... talvez seja isso na verdade. Mas na realidade isso pouco importa. O fato é que esses dias me perguntaram qual canal de televisão eu mais gostava, respondi de bate pronto - Discovery Channel- a conversa andou melhor que o esperado finalizando o bate-papo de forma perfeita.
Se relacionar o que eu falei da mentira com o resto do texto vai perceber que meu canal predileto não é a Discovery. E não o é mesmo, na verdade nem sei se tenho um canal preferido, mas ao término daquela conversa, pude observar que dissertei sobre diversos documentários que nunca vi. Como consegui? Não é um mistério para ninguém, quem aqui tem TV fechada e nunca perdeu um tempinho vendo os comerciais da Discovery? Pois é, são muitas propagandas de bizarrices como "O Homem-Árvore" e '" O Homem de 560 Quilos". Os títulos auto-explicativos podem enganar um pouco, afinal, apesar do homem de 560 quilos ser de fato um homem de 560 quilos, o outro exemplo da árvore não se adequa tão literalmente ao fato. Mas pense, o título já fala muito, então se prosseguir e ver o comercial até o final, já consegue debater superficialmente esses temas. Logo, em cinco minutos podemos assistir a mais de dez documentários para serem debatidos em conversas superficiais, com pessoas superficiais... ou não.

Embora tenha mentido, gosto muito da Discovery, mas acho, de verdade, que seus comerciais tem mais potencial do que seus próprios programas. Não tome isso como critica Senhor Presidente da Discovery, apenas estou falando que os intervalos comerciais são ótimos, passando um resumo de diversos assuntos e trazendo várias curiosidades que nunca serão saciadas. Não pelo fato de serem infinitas, mas eventualmente pelo fato de não assistir a quem as responderia. Interessante isso não?



Quanta coisa já da para saber. O nome do cara é Junior, ele é o precursor dos massacres escolares na Argentina e tem um instinto assassino. E o melhor, dá vontade de assistir, mas isso sempre acaba não acontecendo. Por que? Ainda tenho de estudar, mas em breve trarei novidades.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Estelo e o desafio de Diáculo na terra de Narciso




Estelo é um vampirode 98 anos que sofre de envelhecimento precoce, é um tanto quanto antipático mas tem diversos lapsos criativos, os quais resultam em devaneios sobre diversos assuntos.
Hoje em mais um dia tedioso de férias recebi o e-mail desta criatura que andava desaparecida por um longo tempo. Ainda que o tempo não seja uma determinante na vida dele. Segue o e-mail de Estelão:

" Fiquei ali olhando para o meu reflexo na água, e diferente daquelas tantas pessoas em volta não estava paralisado, confesso que ainda me achava extremamente feio. Mas meus vizinhos estavam todos ali, olhando apaixonados por sua própria imagem. Não lhes contei mas viajei ao país de Narciso, lá o que não faltavam eram crises Narcisistas. O que realmente me chamou atenção foi o fato do país não ter um representante, um presidente, imperador, ditador ou qualquer coisa que mandasse. Não havia, todos se achavam os mais capazes de assumir uma liderança, logo não havia partido, democracia ou ditadura. Cada um de seus habitantes era um partido individual, por tanto sem força. Uma pessoa pode mudar o mundo, é claro, mas na terra de Narciso são muitas pessoas para mudar o mundo.Larguei-me do reflexo na água, era triste, afinal um vampiro com envelhecimento precoce não é a coisa mais agradável de se ficar olhando durante horas. Passei uns dez segundos ali, como dizem os jovens, só para ver de qual é, e me mandei. Como sugere o título da obra prima de Lewis Carrol parecia um país do espelho. Fui passando em meio de um monte de zumbis apaixonados por eles mesmos em frente à espelhos, água, micro-ondas ou qualquer coisa que desse reflexo. Como de costume saía estapeando as pessoas, queria mesmo era me divertir. Se naquele lugar todos ficavam parados frente à sua imagem, iria zombar deles, era o que me restava.Eis que em meio de toda aquela zombaria me surge um homem chamado Diáculo, segundo ele era um viajante, assim como eu, e me propôs um desafio. Contou-me que já passara por ali diversas vezes e viu inúmeras criaturas resistirem a tentação da terra, mas que em nunca em toda sua vivência viu alguém sair intacto do Lago de Narciso. Dizem as histórias que é a entrada do paraíso, onde tudo de mais feio contempla sua própria imagem com orgulho, não mais materialmente mas como uma criação do misterioso personagem o qual chamamos de Deus. Besteira para mim, nunca fui muito dado a mitos ainda que fosse um vampiro. Um ser detestável como eu só ficaria paralisado olhando uma imagem, se esta fosse a da própria Afrodite nua, e me chamando para a festinha. Aceitei o desafio e assim o fizemos.Caminhamos até o Lago de Narciso, e era um lugar muito bonito. Cheio de flores as quais eu não sei o nome, mas eram brancas , laranjas e de inúmeras cores, no centro um pequeno lago de águas cristalinas. Era sem dúvida uma das mais belas manifestações da natureza. O que me assustou, eu era obscuro, e pouco ligava para essas bobagens, natureza bela para mim era um pote de sucrilhos. Mas aquilo havia mexido comigo, mau sinal, mau sinal. Talvez Narciso não fosse ão ingênuo, e se aquele lago fosse mesmo um feitiço irreparável que acatasse até os mais céticos dos seres? E se Diáculo fosse um zombeteiro como eu e só quisesse me ver rendido ao pé da minha própria imagem? Eram muitas dúvidas que só seriam respondidas quando confrontasse aquele lago.Quando na beira do lago Diáculo enfim me disse que se quisesse poderia desistir e que se não o fizesse, navegaria por águas de auto-conhecimento, beleza, admiração e por fim destruição. Olhei para ele como quem olha para um perfeito imbecil e lancei meu olhar ao lago, cinco ... dez segundos só para ver de qual é novamente. Nada. Olhei para Diáculo e lhe fiz sinal de quem não havia visto nada de diferente, olhei de novo para o lago nem sequer via meu reflexo fui resmungando para meu amigo que aquilo mais parecia uma bobagem criada por ele apenas para brincar comigo. Continuei resmungando e resmungando sem parar, quando dei por mim já não havia mais Diáculo ou espelho, era apenas eu, resmungando. Um monólogo intenso e e interessante. Achava defeitos, bolava teorias, apanhava ideias. Não era um ser tão detestável quanto achava, na verdade era apaixonante e tudo que queria era ficar ali conversando comigo mesmo até que a morte viesse me buscar. E ela veio, chamava-se Narciso, e se alimentava de almas que se alimenatavam delas mesmas assim como ele fez. A admiração é perigosa, a auto-admiração, uma falta de respeito. No conforto de sua imensa beleza Narciso me disse que ao olhar para aquele lago mesmo depois de saber da história, era sinal de que era cego e louco. Preso em uma cela junto a minhas convicções, fora dela todas as ideias divergentes das minhas em que o no esplendor do meu orgulho, ignorava-as.Segundo o que Diáculo me contou já estava ajoelhado ali quase mergulhando no Lago, até que um momento parei de me encurvar. Foi neste momento em que perguntei a Narciso, se aquela realidade toda, as pessoas, Diáculo, o lago, nada mais era do que uma extensão de seu ego? Não me respondeu, quando percebi ele estava ali paralisado olhando para o meu relógio de prata. Comecei a gargalhar e entendi. Desde que caíste no lago amando a sí mesmo, nunca mais havia visto seu reflexo. Mas que burro, tirei meu relógio joguei ali no chão vendo ele se contorcer para se olhar no pequeno pedaço de prata. Não sabia como saí dali, apenas lembrei do quão feio eu era e foi assim num piscar de olhos, estava de novo com meu desafiante Diáculo.
Impressionado ele me disse, venceu Narciso, ninguém nunca o fez. Era um completo paspalho, Narciso, Diáculo e toda aquela realidade. O que ninguém sabia era que na verdade não éramos nós que nos apaixonamos pelo nosso reflexo na água e sim a água que se apaixona pelo seu reflexo em nossos olhos, tão linda que és se esqueceu que o olho de vampiro é tão vazio quanto seu coração. Não viu a ela mesma, e vi a mim mesmo, ambos saímos com a consciência que eu era tão detestável com imaginei ser no início de minha viagem.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Acordo ortográfico, mocinho ou vilão?


Sempre que penso em reforma ortográfica, me sinto mal. Confesso ser adepto a mudanças, desde que sejam boas. Tão cômodo que beira a preguiça. De qualquer forma acabei percebendo que talvez a reforma não seja algo tão ruim quanto parece. É verdade que a primeira vista, não parece agradável, perderemos cerca de meio por cento de vocábulos que mudarão de grafia. Perderemos também alguns acentos, não mais que isso. Depreenderemos também de um tempo de estudo a mais, aprendendo novamente o que outrora já nos fora ensinado quase da mesma forma. Pegando a onda da sustentabilidade vamos ter de nos reciclar.
No entanto a longo prazo o Brasil vai ter resultados. Digo, grandes resultados. Como a perda de alguns acentos aqui e ali pode ser tão importante? Simples, com a unificação da língua portuguesa, cria-se um atalho valioso para o Brasil conseguir uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Somos o principal representante de uma língua que sustenta oito países e soma um total de 250 milhões de pessoas. Nossas chances no CS cresce exponencialmente. A segunda vantagem é que tornamo-nos o maior fornecedor de bens e serviços ligados ao setor de comunicação, educação e informática dos oito países. Dados preliminares confirmam 400 milhões de dólares por ano em ganho direto para o parque editorial brasileiro.
Diante de tudo isso, vale a pena reclamar, dar birra por conta de um acento em ideia?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Auto-ajuda é bom.... para quem quer viver na fossa!

Pessoas reclamam da vida o tempo todo. A namoradinha terminou com você... ah ela nem começou né? Está sem dinheiro para poder comprar um XBOX 360 com dois jogos originais? não vai ganhar um carro de natal? Poxa a vida é mesmo uma merda né. Ultimamente tenho escutado reclamação demais, de todos os tipos, acreditem. O que me levou a uma questão fundamental: Por que as pessoas teimam em reclamar, são de fato insatisfeitas com a vida? Não sei meus caros, mas de uma coisa eu sei, existe um caminho muito fácil para se ganhar dinheiro hoje, e querem saber qual é? LIVROS DE AUTO-AJUDA, é fácil, trate de um tema de amor ou dinheiro, coloque um título tipo, "Enriqueça tomando cerveja e dormindo" ou " Ganhe todas as mulheres do planeta em dois passos". Sobre este último eu vou dar uma canja:
Primeiro passo- Fique rico. Não sabe como? Leia minha última publicação: "Enriqueça tomando cerveja e dormindo"
Segundo Passo- Não leia auto-ajuda, nem tenha auto-piedade, você é um cachorrão, sabe disso!

Pessoal a vida ta aí correndo, não há como enriquecer tomando cerveja e dormindo nem como conquistar todas as mulheres do planeta. Seja cético, critico. Seja você, não seja fabricado por um livro. E comprem meu livro: "Como ser confiante sem ler auto-ajuda".

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Do abstrato para o físico: Teoria dinâmica do MSN

Os pensamentos da madrugada são os mais insanos mas os mais criativos também. Digo, ontem estava la pelas uma da manhã no maior tédio, mentira , estava conversando no MSN, não que isso seja grande coisa mas vai ser um ponto interessante da história. Conversando com uma chatice que achava que um amigo meu era um urso, tive uma brilhante idéia. Não que a menina do urso tenha alguma grande contribuição para meus pensamentos exclusivos, no entanto ela pensa ser uma inspiração. Deixemos assim Lili. O ponto é que em meio a uma conversa nada sugestiva quanto a esse tema, me fiz o seguinte questionamento:

Se o MSN tivesse uma estrutura física, como seria?

Interessante né? Também achei. Eu tinha minha opinião sobre isso, no entanto era humilde o bastante para saber que era um assunto por demais complexo para digerir sozinho. Para isso reuni as mentes mais brilhantes do meu MSN, são elas: Paulo Love(Rei do Amor), Leonézio (Brother de um tigre), Alexandre (Nativo dos EUA) e DUDU ( O mestre das atividades que compreendem o espaço interno de um carro). Esses caras são PHD em filosofia moderna que aborda assuntos como este. A discussão não foi quente, confesso, no entanto todos chegaram a uma conclusão em comum. Veja:

" A natureza do MSN é variável, não se pode generalizar, analisando como uma situação isolada. A variável do problema é o tempo, dependendo da hora em que você está no MSN, o movimento é maior ou menor, podendo caracterizar diversas estruturas físicas, desde uma festa com muitas pessoas até um casal em um banco de praça. Por tanto temos que o MSN é uma estrutura física mutante, sendo impossível chegar a sua forma original."

Pura filosofia, não concordam? Ainda que essa seja a mais conclusiva das afirmações sobre o tema, não era bem o que eu queria. Quando propus o questionamento era para saber como as pessoas viam o Messenger em suas cabeças. Gostaria de saber como uma estrutura virtual era vista em um contexto imaginário, e achei que transformando esse imaginário em uma forma física, entenderia melhor a mente das pessoas. ... Não foi possível.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Em uma epifania que envolve sonho e realidade, entendi porque não sou Deus



Eu queria entender como as coisas que agem fora do sonho entram nele quando você está dormindo. Isso me intriga, de verdade. Aliás , sonhos me deixam bastante curioso. Cara eles nunca tem nada a ver com nada, funciona assim, você está andando em casa e de repente está em um restaurante almoçando com aquela pessoa que você não vê a mais de seis anos, e quando olha de novo não é mais aquela pessoa, agora é sua mãe,não mais em um restaurante, em uma loja de urso de pelúcia com cara de palhaço assassino. Cara eu nunca usei drogas (é sério, acreditem) mas sonhos dão a maior onda. Pelo menos os meus, acredito que meu sub-consciente seja um pouco anormal. Deixa de eufemismo, meu sub-consciente é um louco sádico que não conhece a palavra lógica. Parece mentira, mas agora todas as noites eu vivo várias aventuras que não tem nenhuma conexão uma com a outra. Para exemplificar vou contar um pouco da minha noite passada, ou pelo menos do que lembro.
" Estava eu na minha casa normalmente, e tinha um compromisso com meu primo, acho que ia ver um filme com ele, acredito que era o "Demônio" do M. Night Tchabalala, aparentemente só estava esperando ele ligar para confirmar. Por algum acaso meus pais também estavam esperando eu me arrumar, para me levar ao shopping, de certo. Seria o lógico, mas foi o que aconteceu? NÃO, claro que não né. O telefone toca e eu atendo, é meu primo e ele começa a brigar comigo. A causa? Não sei ainda, mas rapidamente comecei a disparar gritos no telefone, ele recuou e desligou. O programa havia melado, voltei a sala para ver a situação, de uma hora para outra estavam todos bem arrumados e a caminho de uma churrascaria, e num minuto foram embora. Ficamos só eu e meu irmão. Fui me arrumar mas por alguma causa eu era unica pessoa na terra que não iria para a churrascaria. Meu irmão me impede de tomar meu banho enquanto várias pessoas aparecem embaixo do meu prédio falando para ele descer logo. Mas cara eram pessoas totalmente sem nexo, tipo em um carro tinha gente da minha família, da minha turma do Ceub e até do meu colégio do ensino médio. E de alguma forma elas eram amigas. O alarme da minha casa toca, para falar a verdade minha casa não tem alarme, mas no sonho ele tocou. Fui verificar era meu primo, não aquele do começo do sonho, outro, e por algum acaso o carro dele tinha um sensor que despertava o inexistente alarme da minha casa. Por que ele fez isso? É uma boa pergunta, mas só aquele louco sádico dentro de mim pode responder. ... Do resto não me lembro, mas arriscaria dizer que não fui a festinha particular do mundo todo. "Vejam e esse é um sonho até natural, não houve dinossauros e nem parque de diversão assustador, muito menos dinossauros de parques de diversões assustadores. Interessante que quando mais novo tinha diversos sonhos com parques. Eram pesadelos, aqueles brinquedos todos ligados, várias montanhas russas, figuras enormes de dinossauros mecânicos, parecia que eu sempre ia ser devorado por aqueles andróides pré-históricos maníacos por sangue de criança que sonha com parque. Era tenso. Sabe, tenho algo mais a dizer e isso vai ser de matar. Quebrei o "Muro de Berlim" dos sonhos, uma experiência sem paralelos para a ciência e para humanidade. Cheguei em um lugar em que nenhum jamais chegou, MORRI NO SONHO. Literalmente morri. Não houve aquela conversinha de que quando estava despencando do vulcão e ia cair direto na lava pronta para me derreter eu acordei, ou quando finalmente o coelho gigante me capturou e o boneco assassino ia me esfaquear eu abri os olhos aliviados. Não, o psicopata dentro de mim não conhece barreiras, ele só ia ficar satisfeito se me matasse, ele tentou por anos e falhou. Mas em uma fase da minha vida que combina "Call Of Duty: Black Ops" com a guerra no Rio, ele já tinha o cenário perfeito para acabar com a minha primeira vida no mundo dele. E foi isso que fez, me colocou em um sonho em que eu lembrava um soldado do game no meio da guerra no Rio de Janeiro, mas sobrevivi bem, até aparecer um helicóptero-submarino gigante sentando bala em todo mundo. O que me colocou em dúvida de que lado eu estava, afinal acho que o tráfico não tem tecnologia de fazer uma máquina dessas. Mas não importava, comecei a correr quando fui atingido por algo e caí no chão, fui sendo baleado e simplesmente saí do corpo do soldado e acordei, mas vi ele lá caído. Só faltou a telinha de : Mission Failed! É ele me matou, pode permanecer boquiaberto aí leitor.
Sonhos sem dúvida são nossos mundos particulares, nele você pode tudo, até morrer. Mas é difícil controlá-lo. Na verdade isso só demonstra o quão complexo é o cérebro ou quão retardado é o meu, em específico. De qualquer forma, adoro escrever sobre a minha realidade, ela as vezes parece tão genial. Adoro sonhos também, não que eles pareçam geniais, mas de alguma forma são. Adaptáveis e metamórficos os sonhos são maravilhosos tutores de como poderia ser a realidade se você fosse dono dela. Por tanto essa é a explicação porque Deus é Deus e não você. Parabéns Willian, uma de suas perguntas existenciais já foram respondidas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um copo de whisky e nada mais


Fazia frio, e ela pouco caso do que estava acontecendo. Ele ali deitado ao chão arrependendo-se de talvez não poder ter arrependimentos. Fez-se então uma pergunta a si mesmo: Pudera um tempo atrás tornar-se tão tão passível de erros como assim o tornou, e mesmo reconhecendo-os, não considerá-los? Refletiu por um certo momento e presumiu que talvez essa reflexão toda não desse em nada. Pensou em algo inteligente para ser escrito em seu epitáfio, mas tudo que conseguia lembrar era de bons petiscos e um copo de Whisky com gelo. Acho que por isso estava morrendo, não sabia bem a causa, não porque fosse um mistério e sim porque nunca ligou muito para doença, saúde e vida.
Sua família ali ao pé da cama mais chorava que tudo, suas filhas não conseguiam lembrar do que fizeram antes de começar a chorar, tamanho era o desespero. Sua mulher em prantos já não se aguentava em pé, e um pouco atrás desse teatro todo se viu apaixonado por um momento, não por sua mulher, essa ele já havia saturado, mas ao fundo viu uma moça loira de aparente e atraentes 22 anos, ela sim olhava com sinceridade, desprezo e um leve recalque de malandragem. Sabia que não tinha chance, mas uns 30 anos antes com seu terno de linho preto e seu Cadillac tocando "Thats life" de Frank Sinatra, aposto que aquela mesma moça que o despreza, o traria boas recordações de uma noite quente em um hotel qualquer de Vegas.
Entretanto, tinha ele que voltar a melancolia da morte, era inescapável, faz parte de um protocolo o qual aquele velho bêbado tinha de seguir. Chamou tuas filhas pediu que compreendessem a situação e que de uma vez por todas parassem de chorar : Papai vai para um lugar melhor. Isso soou devastador, elas choraram ainda mais. O velho nunca foi dos melhores em consolar. Chamou sua mulher e falou: Mary espero que cuide das meninas, mas que sobretudo cuide de sí mesma, lhe ensinei tudo sobre este mundo, e está na hora de por em prática um pouco do que lhe falei em todo decorrer da minha vida. Hoje estou partindo em carne e osso, mas estarei sempre com você, em seu coração. E antes de ir meu amor, chame aquela moça loira ali atrás que eu não conheço, mas que por algum acaso está aqui.
A moça se aproximou como se já soubesse do chamado, então tudo foi ficando distante, visões turvas e o pobre homem já nem sabia onde estava. Apenas via a moça, sempre linda, mas agora um pouco assustadora, ainda que linda , lembrem-se. Onde estou? Quem é você? Já morri né? Aqui não tem Whisky, tem? A moça sorria e era evidente que não estava afim de responder. Mas com muita clareza falou: cale-se homem, você está morrendo e ainda assim fica a encher a paciência alheia. Curta e grossa, ele havia entendido o recado. Ficou ali naquele espaço paralelo aproveitando o breu.
Dado um certo momento, sua vida começou a passar em sua frente, de modo acelerado é claro, se não literalmente demoraria uma vida. Relembrou seus pais, sua infância, sua primeira mulher, seu primeiro carro e por último mas não menos importante, seu primeiro copo de whisky. A moça chega e trava-se o seguinte diálogo:

M: Arrepende-se deste primeiro copo?
H: Como poderia? Esta bebida era como eu, arrogante, forte e elegante. Não poderia me arrepender sequer um segundo de tê-la como companheira.
M: Mas foi esta que acabou com a sua vida
H: Sinceramente, não me importo, não vejo tanta diferença entre vida e morte, a não ser que agora não posso tomar meu Whisky, escutar meu Sinatra, e estar na companhia de uma linda mulher. É se bem que tem muita diferença sim, a morte é bem mais chata, e quanto a companhia da linda mulher, me desculpe , não tenho do que reclamar quanto a isso.
M: Veja, não é teu narcisismo nem mesmo teu descaso que lhe garantirão algo por aqui.
H: Então o que faço para conseguir meu Whisky?
M: Não faça piada da morte, velho tolo
H: Faço piada da vida quando vivo, se morto, por que não da morte?
M: Porque aqui é um espaço que deveria estar mostrando desespero, e acima de tudo muitas dúvidas, este não é o comportamento padrão, mal sei o que fazer com você.
H: Entendo a situação. Chame seu chefe e aproveite e traga um copo de Whisky, 3 pedras de gelo por favor.

Para sua surpresa, a mulher realmente se retira e mais tarde chega um velho barbudo, típico estereótipo do próprio Deus.... com dois copos de Whisky, na bandeja. Trava-se então o seguinte diálogo.

H: Não precisava, eu tomo apenas um copo por hora.
V: Não seja egoísta, parte é meu, ou gosta de beber sozinho?
H: Sinceramente, eu aproveito, mas não dispenso companhia. E a propósito quem é você?
V: Só um velho bêbado que morreu por beber demais, parece familiar para você?
H: Não muito, mas acho que já ouvi essa história em algum lugar. Trágico não?
V: Talvez seja. Não me importo desde que tenha bebida, mulheres elegantes e carros potentes, posso estar na vida ou na morte, na terra ou no espaço, é tudo a mesma coisa.
H: Concordo, mas ainda não vi os carros potentes. E as mulheres elegantes daqui se irritam com meu sarcasmo, talvez precise ganhar um pouco mais de dinheiro por aqui, só assim posso aproveitar minha arrogância.
V: Sinto em dizer, mas aqui não tem dinheiro.
H: Perfeito, inventaremos um sistema monetário para se viver bem na morte, construiremos o sonho americano na terra onde todos estão desacreditados da vida, afinal é a morte. Quem poderia crer no branco quando se vê apenas preto? Além de mim é claro.
V: As vezes você parece mais tolo do que de fato o é. Como pode construir vida na morte? Opostos se atraem mas nunca se tocam.
H: Opostos de fato se atraem mas a parte de nunca se tocarem fica por sua conta, em minha vida eles se tocaram muito, em bancos de carros principalmente.
V: Devo confessar que a perversão é um dos fortes de seu humor ácido. Aproveitei esta conversa, mas agora tenho que ir. A propósito não nos apresentamos formalmente, sou Deus, e não precisa falar seu nome, eu sei, afinal onisciência é um dos fortes do meu humor ácido.

O pequeno velho some em meio a visão ainda turva de nosso herói, agora não se sabe se é pela morte ou pelo fato de estar um pouco bêbado. A moça volta e trava-se o seguinte diálogo:

M: De fato o chefe veio, estou impressionada, deve ter sido realmente uma grande pessoa.
H: Não creio que aquele seja Deus de verdade, a vida é tão cheia de reviravoltas, Deus não gosta de clichês, portanto não deveria ser velho, deveria ser algo mais como homem alto negro de olhos azuis que usa um chapéu de mexicano combinando apenas com uma sunga verde, também do México.
M: Boa observação. Então ali seria Deus. ( Aponta para um homem com chapéu de Mexicano combinando apenas com uma sunga verde, também do México)
H: Uoooou, agora sim estou chocado. Mas se me permitir gostaria de ir embora. Não pude deixar de perceber que durante esta conversa rejuvenesci alguns anos, estou bonito de novo e com uma roupa de gala, meu Cadillac está me esperando.

Dá um beijo na moça e parte. Vai se afastando em uma estrada recém-criada por ele mesmo. Junta-se então,a moça, o velho e o mexicano de sunga e travam o seguinte diálogo:
M: O chefe está cada vez mais boêmio
V: Acha que a humanidade o decepcionou tanto assim?
M: Não sei, mas agora ele gosta mais de um Johnnie Walker do que daqueles pequenos devastadores.
V: Bem observado, eu apenas gostaria que ele parasse de dar replay nos anos 30 e 40.
M: Ele gosta da elegância da old school. Será que tem consciência de ser quem é?
V: Não, faz tempo que o perdera, agora é apenas e de novo um jovem sonhador, pronto para amadurecer mais e mais até que a eternidade resolva colocá-lo de novo nos braços da juventude e da ignorância.
M: Mas é bom vê-lo assim, há tempos não sofre, não liga para as besteiras que fazem suas criações.
V: Liga sim, neste exato momento está renascendo na terra. Ele compensa sua frustração, estando ao lado deles, repetidamente nos anos 40. No fim das contas acho que ele é sensível de mais para abandoná-los.
M: Pudera também , eles são sua melhor criação desde os dinossauros. Estes sim eram legais.
V: Eu gosto da maioria de suas criações, só não muito do Mexicano. Mostra que ele tem um gosto exótico.
MEX: No habla bien de mí, después de todo, todos somos hijos de dios.
M: De hecho, es cierto, sin embargo creo que tengo que retirar, en el hecho de proponer a descender a la tierra y disfrutar de Cancún.
MEX: De acuerdo.
M: Aproveito para ir descansar também. Até amanhã Miguel.
V: Até mais Gabriel.

No fim das contas todos se foram, uns para o paraíso, outros para o México, alguns ousaram até a viver os anos 40. Só sabe que a última frase do velho ou do jovem ou até mesmo de Deus naquela existência foi:" chame aquela moça loira ali atrás que eu não conheço, mas que por algum acaso está aqui." E assim ficou gravado no epitáfio para a infelicidade de sua esposa. Em seu testamento deixou apenas uma unica coisa, uma garrafa do Whisky mais caro da inglaterra, para ele mesmo, a qual foi servido por um velho homenzinho que adora clichês chamado Miguel. Se este é o Deus certo? Eu sinceramente não sei responder, só sei que ele não é em nada diferente de nós, um homem bom, talvez amargurado, mas bom. Existe um pequeno Deus em cada um de nós, em nossos corações e almas, basta achá-lo. Eu continuo procurando o meu, mas aquele velho jovem dos anos 40 encontrou o dele.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A história das cidades e suas distâncias


A estrada me trouxe recordações que outrora já estavam frias. Em alguns quilômetros encontrava rastros de coisas que deixei para trás, mais física do que mentalmente. Os pequenos vilarejos, casas simples com uma especialidade em simpatia e cortesia me faziam lembrar apenas de uma pessoa específica. O charme do interior nunca foi tão charmoso assim, mas os olhos do interior uma vez encontraram os meus, em um hotel. Nunca uma cidade pequena se fez tão grande, a presença dela era redundante,por vezes, invisível por tendência, contraditória por natureza. A unica verdade dessa história era a onipresença do seu sorriso, tão abobalhado quanto reconfortante, abobalhava e confortava.
Não podia prever proporções tampouco marcas que uma pequena cidade de interior poderia me causar. Tornei-me um pouco vulnerável, só não completamente porque a cidade era cercada de insultos por ser ridícula. Ridícula, ficava irritada , a cidade é claro, por não aceitar sua eventual condição de rídicula. Mas na realidade ridículo mesmo era eu que não aceitava minha eventual condição de apaixonado.
O tempo passou e a tão aguardada hora da despedida chegou, foi duro apesar de cercada de formalidades que envolviam beijinhos, promessas de contatos e principalmente o onipresente sorriso que um dia já escrevi sobre. E na poeira da estrada restaram apenas lembranças, e sobretudo esperança.
"Finalmente em casa, enfim minha vida volta ao normal", foi o que pensei, hoje vejo que apesar de minha imensa sabedoria( modéstia , eu sei), fui tolo. E mesmo com a distância física entre o grande e o pequeno, o mesmo grande e pequeno se tornaram cada vez mais próximos. Com a peculiar ajuda do Batman, noites de tédio transformaram-se em aventuras sem fim que sempre acabavam em gargalhadas e um copo de leite antes de dormir. Duas cidades se uniam sobretudo por suas almas, não por convicção ou qualquer besteira ideológica. Essas mesmas almas ameaçaram-se uma a outra a se separarem, o tempo se tornou um forte aliado da distância, na destruição de um castelo . O porém, o único porém disso tudo , é que o castelo não era feito de areia, aliás até era, areia com concreto e tijolos sustentado por uma relação moldada por amor e respeito.Hoje duas cidades sabem que podem contar uma com a outra e que a distância é um mero detalhe na confecção de jóias tão raras quanta a mais verdadeira amizade.
E a estrada continua cruzando caminhos que se perdem por conveniência e se reencontram por acaso ou por amor, e só assim , tão somente assim duas cidades podem enfim descansar em paz, uma ao lado da outra.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Discurso de um nerd politizado


Dilmakin Skywalker finalmente chega ao poder com a ajuda de seu mestre Lula-Wan-Kenoby. Lula usou e abusou de seus poderes frente a república, a força estava do seu lado. Após anos comandando as terras, havia de escolher um sucessor, alguém que dominasse a máquina, alguém pelo qual o estado haveria de se cruzar, um verdadeiro conquistador, ou nesse caso conquistadora.
A batalha foi dura, a república estava dividida, mesmo com o apoio incondicional de Lula Kenoby, o enviado do senhor das trevas José Sauruman continuava a ensaiar uma reação. Os embates, ou chamado de debates pelos mais generosos, eram duros, cheios de sangue, pessoas iam caindo a cada palavra dita, multidões se cruzavam frente ao reino e outrora via-se contra ele.
A batalha perdurou, e quanto mais se imaginava uma polarização de forças, mais subia o último tripé que sustentava a guerra. Marina Silva agora era Tarzan, a defensora da selva, o que se pensava ser anteriormente uma influência dispensável como a de Aquaplinio, agora havia de crescer. Mesmo sem chance de sair literalmente vitoriosa, Tarzan lutou e foi para batalha com a cabeça pouco menos erguida do que de lá sairia.
O dia 03 se aproximava, as armas estavam na mesa, os discursos de vitória escritos,e em alguns casos até declamados. Dilmakim acreditava em um genocídio, sairia vitoriosa em poucas horas de batalha. Enganada. Poucos dias antes surgiria uma traição dentro da república, irônicamente Erenica GUERRA, faria com que a GUERRA prosseguisse. Corrupção no âmago do sistema. Evidente que a notícia logo chegaria em Mordor, Sauron saberia, José Sauruman usaria, e usou. Esse golpe foi duro, o exército de Dilmakin se dividiu, mas nada poderia promover tantas baixas como o tsunami religioso chamado aborto.Este tinha de ser mais maléfico na República dos Trabalhadores do que nas terras médias dos tucanos. Enquanto isso Tarzan crescia, e como um ilustre devorador de pastéis , vinha comendo pelas beiradas. Golpes quase letais não enfraqueceram a guerra, e no dia 03 a batalha começou.
As previsões erraram e Dilmakin Skywalker voltou da luta com o rabo entre as pernas, não havia perdido, mas também não vencera. José Sauruman, considerou a resistência uma vitória e confiou demais nessa ilusão. Um erro que mais tarde ele saberia. Tarzan por sua vez havia perdido, fisicamente. Moralmente, talvez fosse o grande vencedor da batalha das urnas. Sua resistência mostrou força e coragem, e sua voz se fez ouvir desde as repúblicas das galaxias até as terras médias. Seu apoio agora era fundamental para o último embate, os exércitos de ambos os lados esperavam sua palavra final para trucidar o adversário. Sabiamente, e agora sim com a cabeça erguida tão devidamente quanto deveria ser, promulgou então seu desprezo por ambos os lados, ao não apoiar algum deles. Skywalker e Sauruman sabiam que agora estavam por conta, sangue iria rolar na parte final desta crônica.
Foi anunciado, por Ricardo Gandaldovsky, o mago branco, ao amanhecer do dia 31 seria decidido o poder da terra. E até lá os dias se arrastaram, pequenas batalhas ali e acolá, acusações, provas, corrupção, Lula Kenoby usava a força, fazia com que elas desaparecessem, por outro lado a terra de Sauron estava dividida, líderes dos elfos paulistas não se entendiam com líderes dos anões mineiros, um exército dividido, é um exército morto.
Dia 31 chegou, a batalha começou ao amanhecer e ao anoitecer estava decidida. Lula Kenoby não apenas passou pelos obstáculos, mas atropelou todos eles. Dilmakin havia vencido, as terras médias se encolheram, a república havia triunfado novamente. Kenoby depositou toda sua confiança em Dilmakin, no entanto não foi capaz de mandar embora o Lord Sith, José Palpatine Dirceu, continua. O lado negro ainda existe, se ele ainda é capaz de corromper, só o futuro nos dirá. Só espero que o final da história mude e Dilmakin não se transforme em Darth Vader.

"PS: A foto da Megan Fox não tem nada a ver com texto, é só porque eu queria tirar onda com a foto dela aqui em casa. Então, tirei né ? Beijo meu amor "

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Como porcos que se alimentam de aves, assim é a realidade


Canso de ver notícias de maus tratos, abusos e crimes dos mais perversos possíveis, mas existe uma barreira grande entre mim e eles chamada televisão. Essa TV nos dá um aperitivo do que existe além dos muros da nossa ilha da fantasia. O grande perigo é ultrapassar a barreira da ilha, confrontar a realidade, vê-la nua e crua.
Como um porco se alimentando de aves é a realidade, as vezes parece inacreditável, tão paradoxo quanto real, a realidade é inacreditavelmente a tradução da verdade em sua mais pura forma. Viver sob o solo da mentira é confortável e sobretudo reconfortante, desde que tenha um diálogo verdadeiro com a mentira. Contradição? Deixe de falso moralismo, apenas negócios, bom para o investidor, melhor para o investido.
A visita à Casa do Vovô na 603 sul é o que me motiva sobre a produção do texto. A visita me fez ver situações que acredito ser no mínimo desagradáveis. Não pelos moradores de lá, mas sim pelas condições em que alguns se encontram. Que fique bem claro que não me refiro a condição do local, que por sinal é excelente, no entanto nem essa excelência pode remediar a condição irreversível de alguns que lá estão nem a mácula que a maldita realidade me deixou. Pelos estreitos corredores da ala cinco via como a vida pode ser cruel, volta e meia esbarrava em esperanças caídas ali ao lado de uma maca de uma velha senhora que já não podia falar. Tropeçava sem parar em pequenas pedrinhas de alzheimer, que ao invés de me fazer esquecer, tinha o efeito inverso me colocando no papel de um gênio da memória fotográfica, não de números tão pouco de palavras, mas de faces, faces marcadas pela inconsciência literal daquilo que um dia fora chamado por eles, assim como por mim, de Realidade.