
Canso de ver notícias de maus tratos, abusos e crimes dos mais perversos possíveis, mas existe uma barreira grande entre mim e eles chamada televisão. Essa TV nos dá um aperitivo do que existe além dos muros da nossa ilha da fantasia. O grande perigo é ultrapassar a barreira da ilha, confrontar a realidade, vê-la nua e crua.
Como um porco se alimentando de aves é a realidade, as vezes parece inacreditável, tão paradoxo quanto real, a realidade é inacreditavelmente a tradução da verdade em sua mais pura forma. Viver sob o solo da mentira é confortável e sobretudo reconfortante, desde que tenha um diálogo verdadeiro com a mentira. Contradição? Deixe de falso moralismo, apenas negócios, bom para o investidor, melhor para o investido.
A visita à Casa do Vovô na 603 sul é o que me motiva sobre a produção do texto. A visita me fez ver situações que acredito ser no mínimo desagradáveis. Não pelos moradores de lá, mas sim pelas condições em que alguns se encontram. Que fique bem claro que não me refiro a condição do local, que por sinal é excelente, no entanto nem essa excelência pode remediar a condição irreversível de alguns que lá estão nem a mácula que a maldita realidade me deixou. Pelos estreitos corredores da ala cinco via como a vida pode ser cruel, volta e meia esbarrava em esperanças caídas ali ao lado de uma maca de uma velha senhora que já não podia falar. Tropeçava sem parar em pequenas pedrinhas de alzheimer, que ao invés de me fazer esquecer, tinha o efeito inverso me colocando no papel de um gênio da memória fotográfica, não de números tão pouco de palavras, mas de faces, faces marcadas pela inconsciência literal daquilo que um dia fora chamado por eles, assim como por mim, de Realidade.








Aquilo ocorria ano após ano, e era sempre igual. Até que um dia, paralisei. Não por aquelas idiotices todas. Mas fiquei encantado. Lá no canto sentava uma moçinha loira, estava sozinha, não fisicamente mas em mentalmente. Parecia perdida em seus próprios pensamentos, o que mais tarde eu descobriria que é uma característica dela, perder-se. Pois bem, voltei para sala, pra casa, pra escola, pro inglês, pra casa, escola, inglês, casa, escola, inglês. Até que eu percebi que também a encontrava no inglês, de certa forma fiquei feliz sim, ainda que não tivesse nenhum tipo de contato, nenhum mesmo, nothing. Mas em silêncio ficava observando, e bolando estratégias para que um dia pudesse me aproximar. Mas eu era idiota de mais para pensar em algo inteligente, que mais tarde descobri que era uma qualidade minha. Foi então que surge a brilhante idéia de dizer que estou afim de uma menina da sala dela do inglês, mentira, até ela sabia, mesmo que negue. Mas colou, com essa história eu a conheci, e aos poucos fomos ficando amigos. Um pouco mais que isso talvez, talvez não, na realidade é difícil desvendar essa parte do mistério. A verdade é que eu adorava passar meu tempo com ela, e por sinal ela também se divertia. Foram muitas histórias legais, até finalmente admitir que sentia algo por ela. Pensei, missão cumprida. Levo o toco, e sigo em frente, simples. Mas a negativa não aconteceu. Problemas a frente, evidente. Começou a pressão, sufocou. Demorei um pouco para aprender a lidar com isso, quanto mais preso parecia estar, mais
linda ela era, mais preso parecia ficar, uma lógica simples até. Nem se comparava com os problemas quase matemáticos que viveria dali para frente.




loucos por games, adoram brincadeiras idiotas e agem como adolescentes de 14 anos ao ver uma mulher.
O quarto episódio da saga, já era play dois, ou seja outra história. Mas isso não foi benéfico não, cachorrada. Se não fosse a nova mecânica, os gráficos bonitos e o Salazar, o anão pimpão, o jogo teria sido uma merda. Por que digo isso? Simples, primeiro porque acabaram com zumbis, e em seu lugar colocaram uma espécie de mexicanos retardados. Porra, ninguém tem medo de mexicano, nem de retardado. Por qu
Ele era tão forte, que era mais eficaz, você descer a murranca no zumbi, do que gastar trinta balas de metranca ou um lança foguete. O cara era assim, um animal, se fosse em qualquer outro Resident, o pessoal infectado correria dele, menos o Nêmesis, que ou mata ou mata, mas ainda assim tenho minhas dúvidas. Mas é verdade que agora a zumbizaiada estava diferente, pilotavam motos, dirigiam caminhões e descarregavam cartuchos de chumbo grosso direto na sua fuça. Mais lembrava um crime organizado, algo como o Rio de Janeiro, ta aí, achei a comparação exata, os "zumbis" agora eram os bandidos, e o Chris, um capitão nascimento da parada. Mas como se não bastasse todo essa carga imensa de baboseiras que fizeram com a história, ainda fizeram o Wesker nos moldes do Matrix desviador de balas. E por sinal isso tem no quarto filme também, rídiculo, isso e o filme. Ou melhor todos eles. Mas nem quero lembrar dessa idiotice cinematográfica que existe.